sexta-feira, 21 de novembro de 2008

PNEP Lágrimas de crocodilo

Texto colectivo
Lágrimas de crocodilo

Era uma vez um crocodilo que tinha uma forte dor de dentes. Como não existia nenhum dentista na selva ele podia ir à cidade à procura de um mas tinha medo que o não deixassem voltar para a sua vida pachorrenta.
Um passarinho que andava por ali perto ouviu-o a gemer e perguntou-lhe se o dente que lhe doía era o incisivo canino ou molar. O crocodilo respondeu-lhe que não sabia qual era o dente que lhe doía. Só soube dizer que o dente ficava lá para trás na queixada.
O passarito concluiu logo que o dente que lhe doía era um molar e que devia estar furado.
O crocodilo ficou admirado com a sabedoria do pássaro. E numa voz sofrida pediu-lhe que lhe tratasse o dente.
O passarinho hesitou. Uns passarinhos que andavam por ali perto avisaram-no que o crocodilo podia não ser de confiança. Mas o passarinho como tinha bom coração, arriscou.
Mandou-o abrir a boca e saltitando entre os dentes como sobre um teclado de um piano, descobriu o dente furado.
Com muito cuidado, o passarinho brocou, limpou e tapou o buraco do dente. Até parecia um dentista a sério.
Depois do dente tratado o passarinho pediu-lhe para abrir a boca para poder sair mas este fechava a boca.
Os passarinhos que estavam cá fora estavam assustados.
Com a vozinha dele o passarinho pediu-lhe de novo para abrir a boca dizendo-lhe que já o tinha tratado por isso estava na hora de sair.
O crocodilo com muito jeitinho pediu-lhe que palitasse e limpasse o resto dos dentes.
Comovido, o crocodilo deixou cair duas lágrimas
Os amigos do passarinho que estavam a assistir ao que se passava chamaram-lhe hipócrita, patife e velhaco. Mas, aquelas lágrimas eram verdadeiras porque ele sentia-se aliviado e muito agradecido.
Depois de ter feito uma limpeza aos dentes do crocodilo o passarito foi para ao pé dos seus amigos que o consideraram um herói.
A partir dessa altura, os passarinhos passaram a ir para as queixadas dos crocodilos à procura de restos de comida.
Ganharam os crocodilos e os passarinhos concluindo-se que na selva também há harmonia.

Francisco
4º ano

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